segunda-feira, 8 de março de 2010

Treinadas Para Matar (TPM)

O motivo que me faz debruçar sobre esse amontoado de rascunhos novamente e sair do ostracismo – sono dos justos e cansados de guerra - é dos mais sérios da vida moderna: A tal da TPM. O dia então não poderia ser mais apropriado, justamente no dia internacional da mulher (agora é novidade, tudo tem que ser exclusividade feminina, já não basta a lei Maria da Penha).
Segundo o wikipédia, que ensina a nós todos, TPM é a retenção de algumas substâncias (principalmente água e sódio) que alteram o funcionamento do metabolismo. Peraê, mermão! Alteração química do metabolismo e consequentemente comportamental? Isso não é nenhuma novidade para nós. Ora, isso é um fenômeno também frequentemente observado nos homens: embreaguez. A marmanjada está cansada de saber.
O grande xis da questão, onde está o coringa do baralho, é que a mulher de TPM pode tudo. Em alguns países desenvolvidos, a TPM passou a ser utilizada como defesa ou circunstância atenuante de pena, pois quem é acometida de TPM, fica demasiadamente sensível e essa sensibilidade exacerbada pode alterar o poder de discernimento da mulher. É o que diz o Doutor Guilherme Rôla, autor de "Tensão pré-menstrual como circunstância de diminuição de pena". (Pra quem quiser ler, link do jurista tão bem nomeado: http://www.eunanet.net/beth/news/topicos/informativo10.htm)
Ora, mas que diabos! Toma cachaça que tu vais ver o que é alterar o poder de discernimento! Se a mulher mata o marido treloso e alega que estava sob os efeitos da TPM, com um bom advogado e uma psiquiatra perita sapatão, daquelas bem feministas, é capaz de ser inocentada, e, além disso, condenar ao defunto a ficar recluso 30 anos no seu caixão, sem poder sair dele, aquele malvado!
Já o boêmio que toma o seu cafezinho no botequinho da esquina, chega em casa e se depara com a mulher e o buliçoso - e, dominado por fortes emoções, faz cessar de existir sua amada e ingrata esposa e o rapaz que mexia no que era dos outros - é um bêbado covarde, estava bebendo para tomar coragem e dar cabo aos pombinhos adúlteros. A conseqüência disso?! Vai ter sua pena agravada e ainda vai ficar conhecido como corno frouxo no sindicato dos cachaceiros.
Pois é, agora é moda essa permissibilidade exagerada. Está certo que se deve existir uma certa tolerância, uma margem de compreensão maior, mas, como diria o brilhante André Andrade, vulgo Macaco: “Tudo dimai é munto”.