quinta-feira, 15 de maio de 2014

Velhas estradas, novos horizontes.



Ali estava, serpenteando, sinuosa, quase que dançando, até tocar o horizonte. "Então é assim que ela se apresenta a todos", pensou, concluindo que a estrada levava pessoas, mas trazia muito mais. Aos viajantes, presenteava trazendo nas asas da brisa o cheiro do mundo. Tanta gente passava por ali e não se deliciava com aquela canção afinada que o vento cantava enquanto entrava pela janela do carro para acariciar seus cabelos... Tanta gente passava por ali e não sorvia aos goles aquela estrada de asfalto e sonhos...

Pontes, curvas e retas, colinas, montanhas, lagos, rios e riachos, verdes, azuis, amarelos e laranjas, tudo isso ela oferecia generosamente, como se quisesse cativar aos que por ela trilhavam, deixando sempre saudades e lembranças daquilo que logo se via pelo retrovisor do passado.

E sempre que se quiser, ela estará lá, disponível, pronta para te levar até o fim do mundo, se você for ousado o bastante para percorrê-la... pouca gente se apercebe que o horizonte é muito maior que aquela linha que limita o até onde a vista alcança. As pessoas escolhem um destino e tomam o caminho para alcançá-lo, mas poucos são os que percebem que o destino está destinado a ser o caminho em si.